A Brandenburg Gate, simbolo de Berlin, Alemanha, foi reformada e ganhou uma nova iluminação. Os lighting designers utilizaram intensivamente a simulação da iluminação para a concepção de seu projeto. Testes de iluminação não foram possiveis devido a construção ter ficado coberta durante toda a sua reforma.
A simulação virtual com as fotometrias das luminárias foi determinante para a definição da quantidade e qualidade do projeto luminotécnico desta "ponte fachada". Com ela foram definidos os tipos e distribuição das luminárias a serem utilizadas.
O uso intensivo da simulação foi crucial para o sucesso do projeto. Vejam as fotos do resultado:
As colunas foram acentuadas por embutidos de piso com lentes wallwashers. A superficie da parede interna foi iluminada por projetores de facho assimétrico. E para a iuminação da escultura superior, que esta sob o pórtico central, foram utilizados projetores discretamente colocados no edificio ao lado.
Em Dezembro de 2010 foi publicado “Walk Toward the Light” (algo como Caminhar em direção à luz), um artigo sobre a importância de iluminar adequadamente as superfícies verticais (paredes), que interferem na qualidade da iluminação.
O artigo descreve a lógica por trás da iluminação das paredes de um ambiente interno e de seus benefícios,e, em seguida, explora as diferentes técnicas de maneiras de iluminar as paredes.
Traduzido do manual da fabricante Delta
Light sobre iluminação de banheiros. Este é um material técnico para ser
considerado nos cuidados que seu projeto luminotécnico pode ter na hora de
projetar este ambiente.
Apesar de ser de normativa européia não
vigente no Brasil, é válida a análise destes cuidados exigidos por lá, pois
nossas normas não são tão abrangentes e detalhadas como as européias
Segue material:
Banheiros são considerados como um local especial para as instalações
elétricas, porque eles têm um maior risco de choque elétrico para os usuários,
devido a sua proximidade com a água e a baixa resistência elétrica do corpo
humano.
Instaladores elétricos têm de fazer as instalações em banheiros da
forma mais segura possível com o cuidado em atender as normativas de fiação e
instalação, assim como a correta escolha do equipamento (luminária).
O banheiro pode ser dividido em zonas considerando as
janelas, portas, teto e paredes, além do box, e baseia-se num nível de
percepção da zona de risco.Cada zona tem exigências específicas
quanto ao equipamento elétrico que pode ser utiliza nela. Vide a imagem para
identificação da divisão.
Zona 0- O interior da banheira ou ducha. Zona 1- A área ao redor da banheira ou ducha até uma altura de 2,25 m
acima do piso e em um raio de 1,2 m da saída de água. Zona 2- É limitado pelos planos verticais externos para a zona 1 e
o plano vertical paralelo (s) 0,60 m externos à zona 1. Zona 3- limita-se a planos verticais externos à zona 2 e o plano
vertical paralelo 2,40 m externo para a zona 2.
Ver a tabela com a especificação dos
equipamentos elétricos pelas zonas.
Os equipamentos elétricos utilizados em banheiros não devem
ser influenciados por fatores do ambiente, tais como condensação, umidade,
vapor, gotas ou jatos de água dos chuveiros.
Há uma série de indicadores relativos aos produtos elétricos
que identificam a segurança de produtos e adequação para o uso em banheiro
(normas européias):
1 // Proteção IP No
banheiro os equipamentos elétricos devem possuirum índice de proteção (IP) adequado
conforme a sua localização. (LEIA o post sobre o grau de proteção IP)
2 // PELV e SELV O
equipamento também pode ser descrito por Proteção para Extra-Baixa Voltagem
(PELV) ou como Segurança para Extra-baixa Voltagem (SELV) do produto.PELV são produtos de baixa tensão, mas estão ligados ao
aterramento.SELV são produtos novamente de baixa
tensão, mas a tensão de saída é isolada duplamente na entrada.Isso permite que um produto SELV possa ser usado em qualquer
zona do banheiro desde que a fonte (transformador, por exemplo) esteja alojado
na Zona 3.
Iluminação Os
instaladores da iluminação são obrigados a verificar se o produto é adequado no
grau IP (recomendado IP X4 ou acima).Alguns tipos de luminárias podem ser instaladas na zona 0
(especificamente para uso ao redor do chuveiro), mas deve ser alimentada em 12
V SELV.
Segue abaixo a apostila completa com luminárias de referências aplicadas no ambiente, para melhor compreensão e entendimento desta normativa.
Código IP é uma classificação atribuída a um produto que indica o seu nível de Proteção de Ingresso, ou seja, a quantidade de proteção que o invólucro do produto oferece contra a entrada de objetos sólidos (dedos, ferramentas, e assim por diante) e contra a infiltração de umidade (de chuva,por exemplo).
Códigos IP tem o formato IPxx, onde o x representa algarismos do esquema de codificação abaixo.
O primeiro número na seqüência indica o grau de proteção contra a entrada de objetos sólidos. A escala disponível numérica é de 0 a 6.
O segundo número indica o grau de proteção contra a entrada de umidade e pode ser um número de 0 a 8. Obs: A letra X pode ser usada como alternativa para zero.
A proteção é maior quando o número é maior.
Vide abaixo tabela ilustrativo das escalas (em inglês), retirado da apostila da fabricante Delta Light de iluminação para banheiros.
Conforme a área de aplicação do produto é extremamente necessário a indicação do IP da luminária na sua especificação, pois desta forma v. terá a segurança do seu fornecedor / fabricante, de que ela esta atendendo esta normativa.
Exija de seu fornecedor esta informação e garantia dela, para que seu projeto seja um sucesso e sem problemas.
A situação abaixo mostra como podemos enfatizar uma parede com textura através da iluminação, com uma mesma luminária colocada em quatro situações diferentes de distância vê-se o efeito luminotécnico em cada situação.
No primeiro quadro uma luminária posicionada a 30 cm da fachada no piso, com o facho dirigido para ela, as pedras da textura ficam iluminadas, enquanto os rebaixos ficam com sombra. Fica a impressão de ela ser branco e preta, e é quase impossível notar as cores, a textura da superfície da parede domina e fica um tom sombrio e agressivo.
Quando posicionada a 90 cm. da parede, muda o aspecto: a textura torna-se menos dominante e começamos a perceber a cor.
Ao aumentar a distância para 3 m., e em seguida, para 8 metros, a superfície é suavizada e achatada, a textura fica menos perceptível e as cores tornam-se mais visíveis. Os olhos não conseguem distinguir as partes salientes da parte rebaixada, e a única informação que nota-se é quanto a cor da pedra.
Portanto a escolha da distância e da direção da iluminação é uma poderosa ferramenta disponível para o lighting designer para criar o efeito desejado, e mostra a parede da maneira mais adequada no seu projeto.
Fachadas requerem conceitos luminotécnicos em harmonia com os elementos arquiteturais. Para fachadas clássicas, alguns condutas devem ser consideradas para o conceito da iluminação: - Colunas - Pórticos - Frizos - Fachada dividida em três áreas: um portal e duas laterais
Em todos os exemplos listados uma tênue iluminação geral da fachada é assegurada através da utilização de refletores assimétricos nas luminárias de embutir no piso. A iluminação incidente não deve ser demasiada forte, uma vez que pode criar sombras pesadas expressada na área dos frisos. As luminárias estão dispostas em linha a uma distância de um terço da altura do edifício (em frente à direita e à esquerda das duas áreas da fachada).
Solução luminotécnica 1
As colunas são silhuetas contra a entrada da área, que é iluminada por luminárias de sobrepor. A impressão tridimensional do pórtico é grandemente reduzida pelas colunas que agora aparecem quase plana. A elevação frontal do edifício está claramente dividida em três, devido à ênfase dada à fachada central da seção.
Uma luminária de sobrepor com facho de intensidade aberta esta posicionado atrás de cada coluna.
As colunas são iluminadas com luminária uplights com facho fechado. O pórtico é iluminado separadamente. O fato de que a entrada está definida a área em frente da fachada torna-se muito mais acentuada. A vista é atraída para a parte central do edifício.
As colunas são marcadas pelo facho fechado das luminárias uplights dispostas ao redor das mesmas de forma circular.
Sugestão de luminária, nas opções facho assimétrico e facho fechado:
A fachada é sutilmente determinada por uma divisão horizontal através da iluminação do friso. A largura total da fachada torna-se mais marcante. As colunas foram iluminados como na solução 2, mas com menor intensidade luminosa, de modo a não marcar demasiadamente a entrada. Em geral, este conceito diferenciado da iluminação dá à fachada histórica um carácter mais suntuoso.
Luminárias direcionáveis para destacar o friso estão localizadas a uma distância de um décimo da altura da parede na frente das duas secções laterais da fachada. O espaçamento entre as luminárias direcionáveis em si é relativamente pequena de modo que uma mesma iluminação da orla é obtida. Luminárias uplight com facho fechado em torno das quatro colunas adicionam um complemento para a iluminação.
Sugestão de luminária, além das utilizadas na solução 1 e 2:
A iluminação de acesso e caminhos tem como base a iluminação da via de circulação ou a evidencia de alguns pontos de referência na área do percurso.
Solução luminotécnica 1
Balizadores somente em um dos lados da via com baixo nível de iluminação com foco assimétrico para o piso. A iluminação das árvores fornece a orientação.
Os projetores embutidos das árvores estão dispostos do lado direito e esquerdo delas. A linha das luminárias de balizamento fica localizada paralela a ela.
Solução luminotécnica 2
O caminho esta bem iluminado com balizadores com foco de luz mais intenso. A silhueta das árvores são percebidas através da iluminação da parede por trás dela. O limite espacial do local é enfatizado dando ao usuário a idéia da área do local.
A parede é iluminada com projetores assimétricos embutidos no piso, localizados a uma distância da parede de 1/3 da altura.
A distribuição da intensidade luminosa determina a impressão geral da cena. Na parede, os fachos uniformes tornam-se um elemento. A textura da parede é evidenciada pela luz.
Para dar um efeito luminoso decorativo, as luminárias são posicionadas próximas a parede.
Este é um estudo para iluminação de uma área de marquise / entrada de um edificio, composta por pilares uniformemente distribuidos.
A proposta é realçar os elementos arquiteturais através da iluminação.
Abaixo dispomos de 3 soluções luminotécnicas para esta iluminação.
Solução luminotécnica 1
Luminárias de embutir alinhadas conforme a curva da marquise, ao longo dos pilares. Os circulos do facho de luz feitos no chão salientam a dinâmica da fachada em formato circular. A parede da fachada, ao lado do vidro, recebe uma iluminação wallwasher (assimétrica) para delicadamente dar "vida" a ela.
Solução luminotécnica 2
A luz é projetada para o teto, através de projetores assimétricos. O teto reflete a luz para o piso. A iluminação indireta uniformemente lança uma luz difusa pela área. A iluminação da parede pode ser dispensada, desde que a parede também seja iluminada através da luz refletida do telhado. As luminárias aparecem como elementos arquitetônicos independentes.
Solução luminotécnica 3
Cada pilar é destacado por quatro luminárias sobrepostas com facho para o piso. A composição salienta a estrutura (pilar). Assim como na opção 1, uma iluminação wallwasher para a parede, sutilmente dando vida a este elemento da composição.
"O requisito da boa iluminação é trabalhar com a qualidade da luz, mas não é só a luz correta, que atende a normas, porque isso não significa necessariamente boa iluminação. Também não é só criar efeitos de luz e ambientes dramáticos. O objetivo é criar espaços bem-iluminados, em que podemos enxergar os objetos, realizar bem as tarefas e que nos proporcione bem-estar", entende a arquiteta Neide Senzi.
O seminário São Paulo Light Show, realizado em dezembro de 2003, teve como foco a luminotécnica e com diversas palestras, veja um resumo da matéria de Nanci Corbioli para a Revista Projeto Design, onde esta bem explicado os valores da luminotécnica como técnica e arte.
Reportagem Nanci Corbioli Fonte: Revista Projeto Design http://www.arcoweb.com.br/tecnologia/tecnologia41.asp
Quando vamos projetar a iluminação de um ambiente é importante analisar as funções em conjunto com o uso do mesmo. O triângulo das prioridades ajudará você a analisar a funçãoo da atividade necessária no ambiente e focar individualmente o critério da qualidade da iluminação.
Temos as seguintes características a serem consideradas ao projetar iluminação: - Iluminância (illuminance) - Ofuscamento (glare limitation) - Luminância (luminance distribution) - Reprodução de cor (colour rendition) - Temperatura de cor (luminous colour) - Contrastes (shadow factor) - Focalização (light direction)
Performance Visual (Visual Performance) - É o fundamental para a função visual, como será visto os objetos ou pessoas dentro do ambiente. Aqui aplicamos o básico que é a Iluminância e Ofuscamento. Ambos baseados em normas que devem ser atendidas.
Conforto Visual (Visual Comfort) - Aqui não basta a iluminância e o ofuscamento para determinar um bom conforto visual do ambiente. Para tal, o mais importante neste tópico é a Luminância e sua distribuição pelo ambiente. Não somente a iluminação uniforme do ambiente, mas iluminações complementares como de paredes e áreas de trabalho. Para otimizar este fator a Reprodução de Cor é importante que esteja dentro do nível 1A ou 1B.
Ambientação (Ambience) - Aqui todos os fatores são importantes, incluindo a Temperatura de Cor, Focalização e Contrastes. A referência para este item é a iluminação natural. A idéia é transmitir através da iluminação motivação e promover sensações positivas com a iluminação artificial.
Com esta dica, vamos praticar o melhor do lighting design nos próximos projetos e ter a mão o triângulo das prioridades que funciona como uma escada de comprometimento com o projeto, iniciando num projeto básico (performance visual), projeto trabalhado (conforto visual) e um projeto luminotécnico completo (ambientação).
Para um bom projeto de
iluminação é necessário uma dicróica "especial", pois além das virtudes
da standard, como desvio de 2/3 do calor para trás do refletor, tem sua
principal característica o refletor de espelho tratado com titânio, tornando-o mais resistente.
Exemplo: Quando se instala numa vitrine 30 lâmpadas dicróicas normais (standard), algum tempo depois não teremos nenhuma com a cor original, por esse problema da deterioração do espelho.
No mesmo sistema, colocand-se 30 dicróicas especiais, elas manter-se-ão com a mesma tonalidade de cor até o fim de sua vida útil, que ao contrário das ciróicas normais que é de 2000 horas, chega até 4000 horas. Costumamos dizer que esta dicróica é a dicróica dos profissionais.
Veja mais detalhes dos modelos encontrados no mercado: